Aquae Flaviae - Atual cidade de Chaves
Aquæ Flaviæ designação da cidade romana, actual cidade de Chaves e uma cidade importante na província romana da Galécia, centro administrativo de um vasto território que ia do Douro até às nascentes do Tâmega e dominava a exploração de importantes jazidas de ouro.
A cidade terá sido fundada a partir de uma mansio da via XVII do Itinerário de Antoninoque ligava Bracara Augusta(actual Braga) a Asturica Augusta (actual Astorga), tendo-se desenvolvido em torno de um importante balneário termal e centro religioso dedicado às Ninfas.
Vestígios do balneário termal foram recentemente encontrados no Largo do Arrabalde, que demonstram pela sua monumentalidade, a importância deste centro religioso e terapêutico, que terá persistido até aos finais do século IV d.C.
A ponte de Trajano sobre o rio Tâmega é um monumento romano que persiste. Foi construída no final do século I e início do século II d.C. A ponte romana possui um tabuleiro, com 140 mt de comprimento e apoiada em 12 arcos de volta redonda visíveis, e em quatro soterrados pelo casario e aluviões.
A ponte tem no meio duas colunas cilíndricas epigráficas que testemunham ter sido edificada no reinado do imperador Trajano a expensas dos Flavienses. E, é até hoje, o principal símbolo da cidade de Chaves. Quando a vila recebeu o foral de D. Manuel I, a ponte estava representada no brasão de armas.
Do período romano, para além da ponte, foram descobertos numerosos achados arqueológicos. epigráficos e numismáticos.
O fórum da cidade estaria implantado na zona hoje correspondente ao largo de Camões. A actual Rua Direitapoderia corresponder, por outro lado ao decumanus.
|
Bracara Augusta (Braga)
Bracara Augusta, o nome romano da actual cidade de Braga, no norte de Portugal, foi construída no lugar de um povoado anterior de origem celta. A cidade romana foi fundada pelo imperador César Augusto cerca de 16 aC, após a pacificação definitiva da região. Durante o período dos Flávios, Bracara Augusta recebeu o estatuto municipal e foi elevada a sede do conventus, tendo tido funções administrativas sobre uma extensa região. A partir da reforma de Diocleciano passou a ser a capital da recente província da Galécia. No século V a cidade foi tomada pelos invasores suevos, que a escolheram como capital do seu reino.
São conhecidos da cidade romana restos de alguns edifícios. Nas escavações efectuadas no claustro do Seminário de Santiago encontrou-se uma grande sala com resto de colunas, tendo ao centro uma piscina decorada com mosaicos, que foi provavelmente parte de um balneário. Em escavações realizadas pela Universidade do Minho foram descobertas umas quantas termas. Na área da Fonte do Ídolo, situada na actual Rua do Raio e fora do antigo perímetro da cidade romana, terá existido um edifício religioso consagrado ao deus Tongoenabiagus.
|
Tongóbriga (Marco de Canavezes)
Tongóbriga é uma cidade romanizada situada na freguesia portuguesa do Freixo, concelho de Marco de Canaveses. Está classificada como Monumento Nacional.
A sua promoção e divulgação é levada a cabo pela Associação de Amigos de Tongóbriga, que tem o desígnio de construir um espaço cultural vivo na região.
Situada no limite do território dos Callaeci Bracari, a cidade galaico-romana de Tongóbriga revela uma etimologia céltica composta pelos elementos tong- (jurar) e -briga (povoado fortificado). As referências mais antigas a esta cidade remontam ao século II, pelo geógrafo Ptolomeu. A passagem de vias romanas nas imediações, que estabeleciam a ligação com os principais centros populacionais da então Lusitânia, aponta no mesmo sentido do peso regional de Tongóbriga.
As escavações da urbe iniciaram-se em Agosto de 1980, num sítio conhecido localmente por Capela dos Mouros, e estenderam-se a uma área superior a trinta hectares. Sob a direcção de Lino Tavares Dias, constatou-se a importância desta cidade como centro estruturado de poder, civitas, confirmada pela presença de uma estrutura termal de 1400 m², com uma área comercial anexa, datadas, respectivamente, do século I e primeira metade do século II. Possui ainda uma estrutura do período castrejo, nomeadamente os banhos públicos e a Pedra Formosa, junto das termas.
|
Emínio (Coimbra)
Emínio (em latim Aeminium) é uma antiga cidade romana construída onde hoje está a atual cidade portuguesa de Coimbra.
Emínio localizava-se junto à estrada romana que ligava Olisipo(Lisboa) a Bracara Augusta (Braga), passando também por Conímbriga, importante cidade situada 20 km ao sul de Emínio. Os saqueios de Conímbriga pelos suevos na década de 460 fizeram com que muitos de seus habitantes fugissem para Emínio, o que terminou levando à mudança do nome de Emínio para Coimbra no século V.
Em Emínio conserva-se um criptopórtico, no local onde hoje está implantado o Museu Machado de Castro. Este criptopórtico foi construído em dois andares. No piso superior, uma galeria em forma de II envolve outra do mesmo traçado. Em cada braço, três passagens dão acesso de uma a outra galeria, no topo as galerias também comunicam umas com as outras. A construção desta estructura foi a solução encontrada pelos engenheiros romanos para ultrapassar o declive natural do terreno, criando-se uma plataforma artificial onde foi implantado o fórum da cidade.
|
Conímbriga
Conímbriga é uma das maiores povoações romanas de que há vestígios em Portugal. Classificada Monumento Nacional, é a estação arqueológica romana mais bem estudada no país. Conímbriga foi à época da Invasão romana da Península Ibérica a principal cidade do Conventus Scallabitanus, província romana da Lusitânia. Localiza-se a 16 km de Coimbra, na freguesia deCondeixa-a-Velha, a 2 km de Condeixa-a-Nova. A estação inclui o Museu Monográfico de Conimbriga, onde estão expostos muitos dos artefactos encontrados nas escavações arqueológicas, incluíndo moedas e instrumentos cirúrgicos.
Características
Conímbriga é uma das raras cidades romanas que conserva a cintura de muralhas, de planta aproximadamente triangular. O tramo Norte-Sul das muralhas divide a cidade em duas zonas. Particularmente notável pela planta e pela riqueza dos mosaicos que a pavimentam, é a grande villa urbana com peristilo central, a Norte da via. Em trabalhos junto à muralha Sul foi descoberto um grande edifício cuja finalidade seriam termas públicas, com as suas divisões características.
Antecedentes
Muitos estudiosos pretendem que a primitiva ocupação humana de seu sítio remonte a um castro de origem Celta da tribo dos Lusitanos. O que se sabe ao certo, entretanto, é que a campanha de escavações de 1913, encontrou testemunhos da Idade do Ferro, a eles podendo juntar-se peças de pedra e bronze que podem fazer recuar o início da povoação do local. E, nesse caso teriamos que relacionar o povo conii, o que para muitos explica a origem do topónimo actual de Coimbra, com a cultura megalitica da região sul de Portugal.
A ocupação romana
Conímbriga localizava-se na via que ia de Olisipo (actual Lisboa) a Bracara Augusta (actual Braga). Foi ocupada pelos romanos durante as campanhas de Décimo Junio Bruto, em 139 a.C.. No reinado do imperador César Augusto (século I), a cidade sofreu importantes obras de urbanização, tendo sido construídas as termas públicas e o Forum.
As referências a seu respeito em fontes literárias antigas são escassas: ao descrever a Lusitânia, a partir do Douro, Caius Plinius Secundus refere a oppida Conimbriga; o Itinerarium de Antonino, menciona-a como estação viária na estrada que liga Olisipo (Lisboa) a Bracara Augusta (Braga). Nos finais do século IV, e com o declínio do Império Romano, foi construída uma cintura muralhada de defesa urbana, com cerca de mil e quinhentos metros de extensão, possívelmente para substituir e reforçar a antiga muralha do tempo de Augusto. A maneira um tanto rústica como este muro está construído denota uma certa urgência na sua obra, evidenciando um clima de tensão e de eminentes ataques, por parte dos povos bárbaros.
As invasões bárbaras
No contexto das Invasões bárbaras da Península Ibérica, em 464 os Suevos assaltaram a cidade, vindo a destruir parte da muralha em novo assalto, em 468. A partir da vitória dos Visigodos sobre os Suevos, a cidade acabou por perder o seu estatuto de sede episcopal para Aeminium (hoje Coimbra), que possuia melhores condições de defesa, e para onde se transferiu a sede episcopal, embora nos Concílios até ao século VIIcontinue a aparecer o bispo da cidade. Os habitantes que permaneceram, fundaram Condeixa-a-Velha, mais ao Norte.
A pesquisa arqueológica
As primeiras escavações arqueológicas sistemáticas em seu sítio começaram em 1899 graças a um subsídio concedido pela rainha D. Amélia. Entre os seus pesquisadores destaca-se Virgílio Correia que, entre 1930 e 1944 (ano em que veio a falecer), escavou sistemáticamente toda a área contígua à muralha Leste, colocando a descoberto, extramuros, as termas públicas e três vivendas. Entre estas últimas, destaca-se a chamada Casa dos Repuxos, com uma área de 569 m², pavimentada com mosaicos e com um jardim central onde se conservava todo um sistema de canalizações com mais de 500 repuxos. Na zona interna à muralha as escavações revelaram uma basílica paleocristã e uma luxuosa vivenda com termas privativas.
As escavações revelaram ainda um fórum augustano, demolido na época dos Flávios, altura em que a cidade recebeu um estatuto municipal, para dar lugar a um novo fórum de maiores dimensões e monumentalidade; e umas termas, também construídas no reinado de Augusto. Entre estes sectores monumentais foi escavada uma zona habitacional, da época claudiana, constituída por insulae que seria ocupada pela classe média da população ligada ao artesanato. A partir de uma nascente localizada em Alcabideque a água era conduzida até Conimbriga por um aqueduto.
Em meados do século XX, a partir de 1955 o ritmo das investigações intensificou-se. Os abundantes materiais arqueológicos de toda a espécie, que não era possível conservar no local encontram-se no Museu Monográfico de Conimbriga.
|
Ammaia - Sao Salvador da Aramenha
Ammaia, no Alentejo, localiza-se na freguesia de São Salvador da Aramenha, concelho de Marvão, distrito de Portalegre, em Portugal.
Trata-se das ruínas de uma antiga cidade romana situada num vale hoje no coração do Parque Natural da Serra de São Mamede. Em sua época, "Ammaia", na província romana da Lusitânia, possuía um território administrativo que englobava uma grande parte do atual distrito de Portalegre e que se estendia também para território hoje espanhol. Identificada e estudada a partir de meados da década de 1930, as suas ruínas encontram-se classificadas como Monumento Nacionaldesde 1949.
A povoação foi fundada provavelmente nos finais do século I a.C., ao tempo de Augusto, e obteve o estatuto de "Civitas" durante o reinado de Cláudio. A florescente cidade em breve receberia o estatuto de Municipium ("terminus ante quem") sob o reinado de Lúcio Vero - mais provavelmente durante a época de Vespasiano -, e viria a desenvolver-se como um importante núcleo urbano devido à sua localização e à exploração dos recursos minerais e naturais da região, como o quartzo e o ouro. Um outro fator determinante terá sido a sua localização num ponto de cruzamento de vias romanas que uniam importantes núcleos urbanos na altura, ligando uma dessas vias a de "Ammaia" à capital da província, "Emerita Augusta" (atual Mérida).
Investigação arqueológica
Em 1994 tiveram início as primeiras escavações arqueológicas sistemáticas. A partir de 1997, os trabalhos de estudo, escavação e conservação passaram a ser organizados pela Fundação Cidade de Ammaia. Desta instituição fazem parte diversas entidades, das quais se destacam o Município de Marvão e a Universidade de Évora. A Universidade de Évora tem a seu cargo desde o início a coordenação científica do projeto. Todas as escavações arqueológicas efetuadas até ao presente momento foram realizadas em locais onde algumas ruínas visíveis indicavam a presença de construções do período romano e possivelmente de períodos mais tardios. Estas estruturas arqueológicas consistem principalmente em partes da muralha da antiga cidade romana, com torres e uma porta na zona sul, exibindo vestígios de áreas residenciais, uma praça monumental pavimentada e uma importante via, oCardo Maximus, que seguia em direção à zona central da cidade, à área do Forum. Existem ainda as ruínas de uma área habitacional que se encontra parcialmente encoberta pelo atual edifício do Museu, antiga habitação da Quinta do Deão.
Também se podem ver in loco os vestígios de umas termas públicas e do fórum, este último com uma localização central seguindo os cânones da arquitetura clássica, com o podium de um templo ainda parcialmente preservado e as paredes de um criptopórticoe de um pórtico que circundava a área do templo, para além de outros vestígios deste importante edifício romano.
As investigações arqueológicas dos últimos dez anos demonstram que a cidade se encontrava já intensamente povoada durante o reinado de Augusto (fim do século I a.C./início do século I d.C.). Nos séculos II e III d.C., Ammaia era uma cidade próspera. O seu declínio teve início provavelmente durante o século V. No século IX, altura em que esta região da Península Ibérica esteve sob domínio árabe, a cidade parece ter sido utilizada por Ibn Marwan, mas rapidamente abandonada em favor de Marvão, povoação que teve origem neste período conturbado da história da região.
Graças ao recente levantamento geofísico, é hoje possível reconstituir a planta da cidade, dotada de um traçado regular organizado ao longo dos dois eixos perpendiculares, o Cardo e o Decumanus Maximusque ligam o Forum às portas principais da muralha, nomeadamente à zona da Porta Sul. A muralha da cidade envolve uma área sensivelmente quadrangular, com cerca de vinte hectares. Vários outros edifícios e espaços existentes na área extra-muros, tais como necrópoles e vias de acesso, constituem a área suburbana.
Na Quinta do Deão existe um Museu de Sítio onde os achados mais interessantes de Ammaia se encontram expostos.
O sítio de Ammaia foi escolhido como ‘laboratório aberto’ pelo projeto Radio-Past (www.radiopast.eu), projeto financiado pela União Europeia, e presentemente utilizado como local de experimentação para a inovação e integração de abordagens não-destrutivas em sítios arqueológicos complexos (prospeção de superfície, levantamentos geofísicos e geoarqueológicos, deteção remota e fotografia aérea...)
|
Arabriga
Arabriga (Alenquer) foi uma antiga cidade da Lusitânia, fundada em 200 a.C. e, segundo uns historiadores, localizada entre Sesimbra e Outão; outros localizam-na na margem direita do Tejo a meio caminho da estrada que uniu Olissipo a Scallabis (Lisboa e Santarém).
|
Balsa
Balsa era uma cidade portuária do Império romano na província da Lusitânia, na zona oeste de Tavira. O parque urbano da cidade data do século I a.C. e é citada como cidade do Império Romano por Pompónio Mela, Plínio e Ptolomeu. No seu apogeu, Balsa ocupou uma área de 45 hectares, seria uma cidade maior que Olisipo (actual lisboa) ou Ossonoba (actual Faro), daí pode-se verificar que era uma das maiores cidades da Lusitânia. Balsa adquiriu autonomia municipal e chegou a cunhar moedas no início da colonização romana, em 73 ou 74 recebe o Direito Latino como outras cidades da Hispânia.
O nome de Balsa é de muito provável origem fenícia. A forma inicial seria Baal Safon ou Baal Shaman, epítetos do deus fenício protector dos navegantes, e corresponderia à designação do povoado fenício de Tavira (sécs. VIII-VI a.C), notável pelos vestígios arqueológicos de índole religiosa, que configura a sua função de porto-santuário. Apesar destas evidencias religiosas, ainda ha quem clame a origem ibérica do topônimo Balsa. Para os espanhóis Balsa tem origem nos bascos.E, na verdade encontramos este mesmo topônimo espalhado pelo mundo com um significado provável próximo daquele que sugerem as gravuras das primitivas moedas da Balsa, barco [jangada], arvore, charco[arbustos].
O nome alterou-se mas permaneceu até à conquista romana. No século II a.C. corresponderia já à região sob controlo da comunidade turdetana dos balsenses, cujo centro era então no Serro do Cavaco, a 1 km de Tavira (lugar que assume hegemonia após a destruição do sítio turdetano de Tavira em finais do século IV a.C.).
Os romanos fundam em meados do século I a.C. um novo povoado portuário a cerca de 7 km de Tavira, que herdaria o nome de Balsa, tornando-se posteriormente o único centro urbano da região.
O povoado do Serro do Cavaco sobrevive até ao tempo de Augusto, sendo então abandonado, até hoje. O sítio de Tavira permanece abandonado até ao século XI, época da fundação islâmica do povoado com este nome.
É com o domínio romano, a partir do século I, que a cidade desenvolve-se urbanisticamente, devido ao crescimento demográfico e económico do sul da Lusitânia. São construídas vias que ligam a cidade ao resto da Lusitânia, desenvolve-se um porto interior, um teatro, fóruns, circos, termas e fábricas de produção de conservas de peixe, uma actividade que já era tradicional na cidade. A cidade exportava não só as conservas, mas também metais, carne e tecidos. O porto servia para ligar a Lusitânia a Roma, mas também à província vizinha da Bética e à costa africana, criando na cidade uma classe mercantil naval influente que faziam parte da estrutura de transportes imperiais, abastecendo cidades vizinhas, o exército e procediam à colecta de impostos.
A decadência de Balsa foi feita de altos e baixos, recuperações, crises e destruições violentas. O grupo social influente, ligado ao tráfico marítimo, foi perdendo força e desaparece no século III, à medida que o império começava também ele a decair. Em 276 é atacada pelos Francos e pelos Alamanos e sofre grande destruição no grande sismo de 382. É provável que no século V já não existisse vida urbana no local, que se transformou num campo de ruínas virtualmente abandonado.
A memória do sítio de Balsa perdeu-se até ao século XIX, altura em que foi descoberta com os seus alicerces quase intactos.
Daí para cá Balsa tem vindo a sofrer uma nova destruição, que dura até hoje. Extensas áreas de ruínas enterradas têm sido arrancadas para fins agrícolas, construção de moradias e infraestruturas.
|
Cetóbriga
Caetóbriga ou Cetóbriga foi uma povoação de origem celta, seguidamente romanizada, implantada no local onde hoje se situa a cidade de Setúbal.
Cetóbriga é referida por Ptolomeu (Geographia, II, 5,2), como uma cidade celta, e no Itinerário de Antonino, numa das vias que ligava Olisipo (Lisboa) a Emerita (Mérida), situada a 24 milhas de Olisipo (de Olisipo a Aquabona 12 milhas; de Aquabona a Caetobriga, 12 milhas).
Durante muito tempo Caetóbriga foi identificada como Tróia de Setúbal. Esta hipótese já foi abandonada, de forma generalizada, pelos especialistas.
As investigações mais recentes revelaram, na única colina do centro histórico da cidade de Setúbal (que se desenvolve entre o Quebedo e o Miradouro de São Sebastião) um sítio arqueológico da primeira Idade do Ferro revelando a existência de um oppidum celta.
Por seu turno, explorações arqueológicas mais antigas revelaram vestígios abundantes da presença romana no local onde hoje se situa Setúbal.
|
Castra Leuca - Castelo Branco
Castelo Branco deve o seu nome à existência de um castro luso-romano, Castra Leuca, no cimo da Colina da Cardosa, em cuja encosta se desenrolou o povoamento da área.
Da história antes de 1182 pouco se sabe. Existe, porém, um documento, desta data, de doação aos Templários de uma herdade Vila Franca da Cardosa, emitido por Fernandes Sanches, um nobre. Em 1213 recebeu foral de Pedro Alvito, cedido pelos Templários, em que aparece a denominação Castel-Branco. O Papa Inocêncio III viria, em 1215, confirmar esta posse, dando-lhe o nome de Castelobranco.
Por volta desta altura ter-se-iam mandado edificar, pelos Templários, as muralhas e o castelo, entre 1214 e1230. No interior desta delimitação encontra-se a Igreja de Santa Maria do Castelo, antiga sede da freguesia. Aqui se reuniam a Assembleia dos Homens-Bons e as autoridades monástico-militares, até ao século XIV.
Em 1510 é concedido Novo Foral a Castelo Branco, por D. Manuel I, adquirindo mais tarde o título de notável com a carta de D. João III, em 1535. Torna-se assim em 1642 a Vila de Castelo Branco, cabeça de comarca notável e das melhores da Beira Baixa. O actual Museu serviu de Liceu Central de 1911 até 1946, abrindo como museu em 1971.
Em 1771 é elevada a cidade por D. José e o Papa Clemente XIV cria a diocese de Castelo Branco que viria a ser extinta em 1881.
O Paço Episcopal (anexo ao actual Museu Francisco Tavares Proença Júnior) é um dos melhores exemplos. Mandado construir pelo Bispo da Guarda, D. Nuno de Noronha, entre 1596 e 1598, foi o paço de residência dos Bispos de Castelo Branco.
A 6 de Novembro de 1954 a cidade é assolada por um tornado infligindo danos consideráveis nas infrastruturas.
A 16 de Agosto de 1858 inaugura-se a linha telegráfica Abrantes - Castelo Branco e em 14 de Dezembro de 1860 a cidade inaugura a sua iluminação pública, passo importante para o desenvolvimento da cidade. Com efeito, a cidade viria a tornar-se capital do distrito em 1959.
|